Os polinómios ortogonais e as funções trigonométricas

Sabe-se da teoria das séries trigonométricas e não é muito difícil de demonstrar por intermédio do cálculo que valem as relações de ortogonalidade para as funções trigonométricas

\begin{array}{l}\int_{-\pi}^{0}{\cos\left(nx\right)\cos\left(mx\right)dx}=\left\lbrace\begin{array}{ll}\frac{\pi}{2}, & m=n\\ 0, & m\ne n\end{array}\right.\\ \int_{-\pi}^0{\sin\left(nx\right)\sin\left(mx\right)dx}=\left\lbrace\begin{array}{ll}\frac{\pi}{2}, & m=n\\ 0, & m\ne n\end{array}\right.\\ \int_{-\pi}^{0}{\cos(nx)\sin(mx)dx}=0\end{array}

Por seu turno, no artigo Aproximação simultânea dos senos dos ângulos que resultam da divisão do ângulo recto em partes iguais, foi observado que existem polinómios de grau n, que aqui serão designados por T_n(x), tal que

T_n\left(\cos\theta\right)=\cos(n\theta)

Torna-se evidente que, das relações de ortogonalidade para as funções trigonométricas, se seguem relações de ortogonalidade para os polinómios T_n. A forma para os polinómios T_n pode ser obtida por intermédio do método apresentado no artigo supracitado. Porém, será aqui seguida uma abordagem em linha com o que foi feito no artigo Introdução aos polinómios ortogonais, recorrendo, em particular, à família de equações diferenciais que estes obedecem.

As funções trigonométricas satisfazem a equação diferencial linear de segunda ordem com coeficientes constantes da forma

\frac{d^2y}{d\theta^2}+n^2y=0

A sua solução geral é dada por

y=A\cos(n\theta)+B\sin(n\theta)

A solução particular y=\cos(n\theta) é a que satisfaz as condições iniciais y(0)=1. Por seu turno a solução particular y=\sin(n\theta) é a que satisfaz y'(0)=n. Considera-se a substituição x=\cos\theta. Ora, como

\frac{dy}{d\theta}=\frac{dy}{dx}\frac{dx}{d\theta}=-\sin\theta\frac{dy}{dx}

então

\frac{d^2y}{d\theta^2}=-\cos\theta\frac{dy}{dx}+\sin^2\theta\frac{d^2y}{dx^2}

ou, atendendo a que \sin^2\theta+\cos^2\theta=1, se tem

\frac{d^2y}{d\theta^2}=\left(1-x^2\right)\frac{d^2y}{dx^2}-x\frac{dy}{dx}

A substituição na equação diferencial proporciona

\left(1-x^2\right)\frac{d^2y}{dx^2}-x\frac{dy}{dx}+n^2y=0

Se se derivar a equação anterior m vezes obtém-se

\left(1-x^2\right)\frac{d^2y^{(m)}}{dx^2}-\left(2m+1\right)\frac{dy^{(m)}}{dx}+(n-m)(n+m)y^{(m)}=0

Esta família de equações proporciona uma família de polinómios ortogonais que coincide com os pretendidos quando se considera m=0. Aqui, y^{(m)} constitui uma forma alternativa de representar a derivada de ordem m de y. Se a solução geral da família de equações diferenciais for denotada por Y_{n,m} então, sendo a sua derivada de ordem k solução da equação correspondente da família, então

\frac{d^kY_{n,m}}{dx^k}=\alpha_{knm}Y_{n,m+k}

onde \alpha_{knm} é uma constante em x mas que dependerá dos parâmetros. Sabe-se, pelo que foi atrás observado, que cada equação da família possui uma solução polinomial se n e m\le n forem números inteiros não negativos. Com efeito, suponha-se que a solução geral é dada por

Y_{n,m}=\sum_{k=0}^\infty{a_kx^k}

A sua substituição na equação diferencial conduz à identidade

\sum_{k=0}^\infty{\left((k+2)(k+1)a_ {k+2}-(n+m+k)(n-m-k)a_k\right)x^k}=0

que se verifica para para todos os valores de x se se verificar a relação de recorrência

a_{k+2}=\frac{(n+m+k)(n-m-k)}{(k+2)(k+1)}a_k

A aplicação da fórmula de recorrência permite concluir que a solução geral da equação diferencial é dada pelas séries

Y_{n,m}=a_0\sum_{k=0}^\infty{\frac{\left(\frac{n+m}{2}+k-1\right)_k\left(\frac{n-m}{2}\right)_k}{(2k)!}(2x)^{2k}}+\frac{a_1}{2}\sum_{k=0}^\infty{\frac{\left(\frac{n+m+1}{2}+k-1\right)_k}{\left(\frac{n-m-1}{2}\right)_k}(2x)^{2k+1}}

onde se define

(x)_n=\left\lbrace\begin{array}{ll}1, & n=0\\ x(x-1)\cdots (x-n+1), & n>0\end{array}\right.

É claro que uma das séries que proporcionam soluções particulares se reduz a um polinómio se n e m\le n forem inteiros não negativos. Com efeito, existe solução polinomial particular desde que n+m\le 0 ou n-m\ge 0. Os métodos apresentados no artigo Introdução aos polinómios ortogonais servem o propósitos gerais para este caso. Ora, a equação diferencial

\left(1-x^2\right)\frac{d^2y^{(m)}}{dx^2}-\left(2m+1\right)\frac{dy^{(m)}}{dx}+(n-m)(n+m)y^{(m)}=0

admite a representação

\frac{d}{dx}\left(\left(1-x^2\right)^{\frac{2m+1}{2}}\frac{dy^{(m)}}{dx}\right)+(n-m)(n+m)\left(1-x^2\right)^{\frac{2m-1}{2}}y^{(m)}=0

e da qual se seguem as duas soluções triviais

Y_{n,n}=B+A\int{\frac{dx}{\left(1-x^2\right)^{\frac{2n+1}{2}}}}

e

Y_{n,-n}=B+A\int{\left(1-x^2\right)^{\frac{2n-1}{2}}dx}

Por outro lado, da equação diferencial segue-se a identidade

\frac{d}{dx}\left(\left(1-x^2\right)^{\frac{2m+1}{2}}\frac{dY_{n,m}}{dx}\right)=-(n-m)(n+m)\left(1-x^2\right)^{\frac{2m-1}{2}}Y_{n,m}

Se se derivar a equação obtém-se

\frac{d^2}{dx^2}\left(\left(1-x^2\right)^{\frac{2m+1}{2}}\frac{dY_{n,m}}{dx}\right)=(n-m)(n+m)\frac{d}{dx}\left(\left(1-x^2\right)^{\frac{2m-1}{2}}Y_{n,m}\right)

que, considerando a mesma equação, agora com m-1 no lugar de m permite escrever

\frac{d^2}{dx^2}\left(\left(1-x^2\right)^{\frac{2m+1}{2}}\frac{dY_{n,m}}{dx}\right)=(n-m+1)_2(n+m)_2\left(1-x^2\right)^{\frac{2m-3}{2}}Y_{n,m-1}

A sucessiva derivação conduz à equação

\frac{d^k}{dx^k}\left(\left(1-x^2\right)^{\frac{2m+1}{2}}\frac{dY_{n,m}}{dx}\right)=(n-m+k-1)_k(n+m)_k\left(1-x^2\right)^{\frac{2m-2k+1}{2}}Y_{n,m-k+1}

Faz-se m=n-1 e k=n-m na equação anterior, vindo

\frac{d^{n-m}}{dx^{n-m}}\left(\left(1-x^2\right)^{\frac{2n-1}{2}}\frac{dY_{n,n-1}}{dx}\right)=(n-m)_{n-m}(2n-1)_{n-m}\left(1-x^2\right)^{\frac{2n-3}{2}}Y_{n,m}

que, como

\frac{dY_{n,n-1}}{dx}=\alpha_{1,n,n-1}Y_{n,n}=A+B\int{\frac{dx}{\left(1-x^2\right)^{\frac{2n-1}{2}}}}

se conclui que a solução geral é dada por

Y_{n,m}=\frac{1}{\left(1-x^2\right)^{\frac{2m-1}{2}}}\frac{d^{n-m}}{dx^{n-m}}\left(\left(1-x^2\right)^{\frac{2n-1}{2}}\left(A+B\int{\frac{dx}{\left(1-x^2\right)^{\frac{2n-1}{2}}}}\right)\right)

Com A=1 e B=0 obtém-se a solução

C_{n,m}=\frac{1}{\left(1-x^2\right)^{\frac{2m-1}{2}}}\frac{d^{n-m}}{dx^{n-m}}\left(1-x^2\right)^{\frac{2n-1}{2}}

Mostra-se que se trata efectivamente da solução polinomial. Para o efeito, mostrar-se-á, em primeiro lugar, que

\frac{d^k}{dx^k}\left(1-x^2\right)^\alpha=\left\lbrace\begin{array}{ll}\sum_{i=0}^{\frac{k}{2}}{a_{k,i}\left(1-x^2\right)^{\alpha-\frac{k}{2}-i}}, & k\ \text{par}\\ x\sum_{i=0}^{\frac{k-1}{2}}{b_{k,i}\left(1-x^2\right)^{\alpha-\frac{k+1}{2}-i}}, & k\ \text{impar}\end{array}\right.

onde a_{k,i} e b_{k,i} são constantes. Não é difícil provar, derivando a função, que a expressão anterior vale para k=0 se se fizer a_{0,0}=1. Supondo que vale para k, a derivação da expressão resulta num sistema idêntico com k+1 desde que sejam satisfeitas as relações

\left\lbrace\begin{array}{ll}b_{k+1,i}=-(2\alpha-k-2i)a_{k,i}, & i=0,\cdots,\frac{k}{2}\\ a_{k+1,0}=(2\alpha-k)b_{k,0} & \\ a_{k+1,\frac{k+1}{2}}=-(2\alpha-2k)b_{k,\frac{k-1}{2}} & \\ a_{k+1,i}=(2\alpha-k-2i)b_{k,i}-(2\alpha-k-2i+1)b_{k,i-1}, & i=1,\cdots, \frac{k-1}{2}\end{array}\right.

É possível determinar uma forma fechada para as constantes quando \alpha\ge 2\beta. Com efeito, mostra-se que as derivadas admitem a expansão

\frac{d^{2\beta}}{dx^{2\beta}}\left(1-x^2\right)^\alpha=2^{2\beta}\sum_{i=0}^\beta{(-1)^{\beta+i}\binom{\beta}{\beta-i}\frac{\alpha!}{(\alpha-\beta-i)!}\frac{\Gamma(\alpha-i+\frac{1}{2})}{\Gamma(\alpha-\beta+\frac{1}{2})}\left(1-x^2\right)^{\alpha-\beta-i}}

e

\frac{d^{2\beta+1}}{dx^{2\beta+1}}\left(1-x^2\right)^\alpha=-2^{2\beta+1}x\sum_{i=0}^\beta{(-1)^{\beta+i}\binom{\beta}{\beta-i}\frac{\alpha!}{(\alpha-beta-i-1)!}\frac{\Gamma(\alpha-i+\frac{1}{2})}{\Gamma(\alpha-\beta+\frac{1}{2})}\left(1-x^2\right)^{\alpha-\beta-i-1}}

Assim, caso n-m seja um número par então

C_{n,m}=2^{2\beta}\sum_{i=0}^\beta{(-1)^{\beta+i}\binom{\beta}{\beta-i}\frac{\Gamma\left(n+\frac{1}{2}\right)}{\Gamma\left(\beta+m+\frac{1}{2}-i\right)}\frac{(n-i-1)!}{(n-\beta-1)!}\left(1-x^2\right)^{\beta-i}}

onde

\beta=\frac{n-m}{2}

No caso em que n-m é ímpar, faz-se

\beta=\frac{n-m-1}{2}

de modo que

C_{n,m}=-2^{2\beta+1}x\sum_{i=0}^\beta{(-1)^{\beta+i}\binom{\beta}{\beta-i}\frac{\Gamma\left(\frac{2n+1}{2}\right)}{\Gamma\left(\beta+m+\frac{1}{2}-i\right)}\frac{(n-i-1)!}{(n-\beta-1)!}\left(1-x^2\right)^{\beta-i}}

Note-se que, fazendo i=0, se pode verificar directamente que o termo de maior grau de C_{n,m} é igual a

(-1)^{n-m}\frac{(2n-1)!}{(n+m-1)!}x^{n-m}

Segue-se daqui que o termo de maior grau de

\frac{d^k}{dx^k}C_{n,m}

é igual a

(-1)^{n-m}\frac{(2n-1)!}{(n+m-1)!}\frac{(n-m)!}{(n-m-k)!}x^{n-m-k}

A comparação dos termos de maior grau na identidade

\frac{d^k}{dx^k}C_{n,m}=\alpha_ {nmk}C_{n,m+k}

permite concluir que

\alpha_{nmk}=(-1)^k\frac{(n+m+k-1)!(n-m)!}{(n+m-1)!(n-m-k)!}

e, portanto,

\frac{d^k}{dx^k}C_{n,m}=(-1)^k\frac{(n+m+k-1)!(n-m)!}{(n+m-1)!(n-m-k)!}C_{n,m+k}

A representação obtida para os polinómios C_{n,m} vale apenas para o caso em que m\le n e n\ge 0. É possível obter uma representação alternativa. Para isso, é necessário determinar a segunda solução independente de uma equação diferencial linear de segunda ordem, conhecida uma solução. Considere-se a equação diferencial linear de segunda ordem dada por

\phi(x)\frac{d^2y}{dx^2}+\psi(x)\frac{dy}{dx}+\chi(x)y=0

da qual se supõe conhecida a solução \omega(x). Faz-se y=\omega z, vindo

\phi\omega\frac{d^2z}{dx^2}+\left(2\phi\frac{d\omega}{dx}+\psi\omega\right)\frac{dz}{dx}+\left(\phi\frac{d^2\omega}{dx^2}+\psi\frac{d\omega}{dx}+\chi\omega\right)z=0

Sendo \omega solução da equação diferencial, a equação anterior reduz-se a

\phi\omega\frac{d^2z}{dx^2}+\left(2\phi\frac{d\omega}{dx}+\psi\omega\right)\frac{dz}{dx}=0

Trata-se de uma equação diferencial linear de primeira ordem em z' cuja solução facilmente se determina como

z=A+B\int{\frac{dx}{e^{\int{\left(\frac{2}{\omega}\frac{d\omega}{dx}+\frac{\psi}{\omega}\right)dx}}}}

A solução geral da equação diferencial original escrever-se-á como

y=A\omega+B\omega\int{\frac{dx}{\omega^2e^{\int{\frac{\psi}{\phi}dx}}}}

De acordo com o que foi atrás exposto,

Y_{n,-n+1}=\frac{dY_{n,-n}}{dx}=A(1-x^2)^{\frac{2n-1}{2}}

em que A não depende de x. A função Y_{n,-n+1} assim determinada satisfaz a equação diferencial, considerando m=1-n,

\left(1-x^2\right)\frac{d^2y}{dx^2}+(2n-3)x\frac{dy}{dx}+(2n-1)y=0

A solução geral é dada por

Y_{n,1-n}=\left(1-x^2\right)^{\frac{2n-1}{2}}\left(A+B\int{\frac{dx}{\left(1-x^2\right)^{\frac{2n+1}{2}}}}\right)

e a polinomial será da forma

C_{n,1-n}=A\left(1-x^2\right)^{\frac{2n-1}{2}}\int{\frac{dx}{\left(1-x^2\right)^{\frac{2n+1}{2}}}}

Com efeito, do método de integração por partes, resulta

\int{\frac{dx}{\left(1-x^2\right)^n}}=\frac{1}{2n+2}\frac{x}{\left(1-x^2\right)^{n-1}}+\frac{2n-3}{2n-2}\int{\frac{dx}{\left(1-x^2\right)^n}}

A iteração da fórmula conduz à expressão

\int{\frac{dx}{\left(1-x^2\right)^n}}=x\sum_{i=0}^{n-1}{A_i\left(1-x^2\right)^i}

que é polinomial de grau 2n+1. Como

Y_{n,m}=\frac{d^{n+m-1}}{dx^{n+m-1}}Y_{n,1-n}

a comparação das soluções polinomiais permite concluir que

C_{n,m}=\frac{1}{\left(1-x^2\right)^{\frac{2m-1}{2}}}\frac{d^{n-m}}{dx^{n-m}}\left(1-x^2\right)^{\frac{2n-1}{2}}=\alpha_{nm}\frac{d^{n+m-1}}{dx^{n+m-1}}\left(\left(1-x^2\right)^{\frac{2n-1}{2}}\int{\frac{dx}{\left(1-x^2\right)^{\frac{2n+1}{2}}}}\right)

Com m=1-n, a expressão anterior reduz-se a

\int{\frac{dx}{\left(1-x^2\right)^{\frac{2n+1}{2}}}}=\beta\frac{d^{2n-1}}{dx^{2n-1}}\left(1-x^2\right)^{\frac{2n-1}{2}}

para algum \beta constante. Se se derivar a expressão vem

\frac{1}{\left(1-x^2\right)^{\frac{2n+1}{2}}}=\beta\frac{d^{2n}}{dx^{2n}}\left(1-x^2\right)^{\frac{2n-1}{2}}

A aplicação da regra da derivada acima obtida e comparação do termo em 1-x^2 permite obter \beta, vindo, finalmente

\int{\frac{dx}{\left(1-x^2\right)^{\frac{2n+1}{2}}}}=(-1)^n\left(\frac{2^nn!}{(2n)!}\right)^2\frac{d^{2n-1}}{dx^{2n-1}}\left(1-x^2\right)^{\frac{2n-1}{2}}

A substituição na equação anterior permite escrever a representação

C_{n,m}=\gamma\frac{d^{n+m-1}}{dx^{n+m-1}}\left(\frac{1}{\left(1-x^2\right)^{\frac{2n-1}{2}}}\frac{d^{2n-1}}{dx^{2n-1}}\left(1-x^2\right)^{\frac{2n-1}{2}}\right)

em que \gamma pode ser obtido, comaparando os termos de maior grau em ambos os membros da equação. Assim,

C_{n,m}=(-1)^{n-m-1}\frac{(n-m)!}{(2n-1)!(n+m-1)!}\frac{d^{n+m-1}}{dx^{n+m-1}}\left(\frac{1}{\left(1-x^2\right)^{\frac{2n-1}{2}}}\frac{d^{2n-1}}{dx^{2n-1}}\left(1-x^2\right)^{\frac{2n-1}{2}}\right)

No que se segue serão investigadas as relações de ortogonalidade. De modo a facilitar a exposição, define-se

P_{n,m}=\frac{d^mC_{n,0}}{dx^m}=(-1)^m\frac{n(n+m-1)!}{(n-m)!}C_{n,m}

Estes polinómios satisfazem a equação diferencial

\frac{d}{dx}\left(\left(1-x^2\right)^{\frac{2m+1}{2}}\frac{dP_{n,m}}{dx}\right)+(n-m)(n+m)\left(1-x^2\right)^{\frac{2m-1}{2}}P_{n,m}=0

Por seu turno, P_{\nu,m} satisfaz a equação da família

\frac{d}{dx}\left(\left(1-x^2\right)^{\frac{2m+1}{2}}\frac{dP_{\nu,m}}{dx}\right)+(\nu-m)(\nu+m)\left(1-x^2\right)^{\frac{2m-1}{2}}P_{\nu,m}=0

Multiplicando a primeira equação por P_{\nu,m}, a segunda por P_{n,m}, subtraindo uma da outra e atendendo ao facto de que o método de integração por partes permite escrever

\int_{-1}^1{P_{\nu,\mu}\frac{d}{dx}\left(\left(1-x^2\right)^{\frac{2m+1}{2}}\frac{dP_{n,m}}{dx}\right)dx}=-\int_{-1}^1{\left(1-x^2\right)^{\frac{2m+1}{2}}\frac{dP_{n,m}}{dx}\frac{dP_{\nu,\mu}}{dx}dx}

obtém-se a relação

(n-\nu)(n+\nu-m)\int_{-1}^1{\left(1-x^2\right)^{\frac{2m-1}{2}}P_{n,m}P_{\nu,m}dx}=0

e, portanto, se n\ne\nu,

\int_{-1}^1{\left(1-x^2\right)^{\frac{2m-1}{2}}P_{n,m}P_{\nu,m}dx}=0

Para determinar o valor da integral no caso em que n=\nu, multiplica-se a equação

\frac{d}{dx}\left(\left(1-x^2\right)^{\frac{2m+1}{2}}\frac{dP_{n,m}}{dx}\right)+(n-m)(n+m)\left(1-x^2\right)^{\frac{2m-1}{2}}P_{n,m}=0

por P_{n,m} e integra-se por partes para se obter

\int_{-1}^1{\left(1-x^2\right)^{\frac{2m+1}{2}}\left(P_{n,m+1}\right)^2dx}=(n-m)(n+m)\int_{-1}^1{\left(1-x^2\right)^{\frac{2m-1}{2}}P_{n,m}}

Lembre-se que, de acordo com a definição de P_{n,m}, se tem automaticamente P_{n,m}'=P_{n,m+1}. A interação da expressão anterior conduz ao resultado

\int_{-1}^1{\left(1-x^2\right)^{\frac{2m-1}{2}}\left(P_{n,m}\right)^2dx}=\frac{n(n+m-1)!}{(n-m)!}\int_{-1}^1{\left(1-x^2\right)^{-\frac{1}{2}}\left(P_{n,0}\right)^2dx}

Se se fizer m=n nesta última expressão vem

\int_{-1}^1{\left(1-x^2\right)^{-\frac{1}{2}}\left(P_{n,0}\right)^2dx}=\frac{2}{(2n)!}\left(P_{n,n}\right)^2\int_{-1}^1{\left(1-x^2\right)^{\frac{2n-1}{2}}dx}

uma vez que P_{n,n} é constante e obtém-se, derivando o coeficiente de maior grau de C_{n,0}. Então

\int_{-1}^1{\left(1-x^2\right)^{\frac{2n-1}{2}}\left(P_{n,0}\right)dx}=\frac{(2n)!}{2}\int_{-1}^1{\left(1-x^2\right)^{\frac{2n-1}{2}}dx}

A iteração do método de integração por partes permite calcular

\int_{-1}^1{\left(1-x^2\right)^{\frac{2n-1}{2}}dx}=\frac{2^{2n}\Gamma^2\left(\frac{2n+1}{2}\right)}{(2n)!}

A substituição na fórmula anterior permite determinar a integral em P_{n,0} que, quando substituído na equação precedente conduz ao resultado pretendido. As relações de ortogonalidade são, portanto, dadas por

\int_{-1}^1{\left(1-x^2\right)^{\frac{2m-1}{2}}P_{n,m}P_{\nu,m}dx}=\left\lbrace\begin{array}{ll}2^{2n-1}\frac{n(n+m-1)!}{(n-m)!}\left(\frac{(2n)!}{2^{2n}n!}\right)^2\pi, & n=\nu\\ 0, & n\ne \nu\end{array}\right.

ou, em termos dos C_{n,m},

\int_{-1}^1{\left(1-x^2\right)^{\frac{2m-1}{2}}C_{n,m}C_{\nu,m}dx}=\left\lbrace\begin{array}{ll}2^{2n-1}\frac{(n-m)!}{n(n+m-1)!}\left(\frac{(2n)!}{2^{2n}n!}\right)^2\pi, & n=\nu\\ 0, & n\ne \nu\end{array}\right.

Determinam-se agora as relações de recorrência para os polinómios C_{n,m}. Não é difícil determinar que

\left\lbrace\begin{array}{l}C_{n,n}=1\\ C_{m+1,m}=-(2m+1)x\end{array}\right.

Da definição de C_{n,m} segue-se, calculando uma das derivadas,

C_{n,m}=-\frac{2n-1}{\left(1-x^2\right)^{\frac{2m-1}{2}}}\frac{d^{n-m-1}}{dx^{n-m-1}}\left(x\left(1-x^2\right)^{\frac{2n-3}{2}}\right)

Calculando mais uma derivada interna e atendendo ao facto de que x^2=1-\left(1-x^2\right), obtém-se

C_{n,m}=-(2n-1)(2n-2)\left(1-x^2\right)C_{n-1,m+1}+(2n-1)(2n-3)C_{n-2,m}

Se, ao invés de calcular uma derivada interna adicional, se aplicar a regra do produto para a derivada de ordem n-m-1, fica-se com

C_{n,m}=-(2n-1)xC_{n-1,m}-(n-m-1)(2n-1)\left(1-x^2\right)C_{n-1,m+1}

A eliminação do termo C_{n-1,m+1} de ambas as equações permite escrever a relação de recorrência

\left\lbrace\begin{array}{l}C_{m,m}=1\\ C_{m+1,m}=-(2m+1)x\\ C_{n,m}=-\frac{(2n-1)(2n-2)}{n+m-1}xC_{n-1,m}-\frac{(n-m-1)(2n-1)(2n-3)}{n+m-1}C_{n-2,m}\end{array}\right.

Desta relação de recorrência obtêm-se alguns resultados de interesse. Se se fizer x=0, permite obter a recorrência para o valor de C_{n,m}(0), nomeadamente,

\left\lbrace\begin{array}{l}C_{m,m}(0)=1\\ C_{m+1,m}(0)=0\\ C_{n,m}(0)=-\frac{(n-m-1)(2n-1)(2n-3)}{n+m-1}C_{n-2,m}\end{array}\right.

Segue daqui que, para n ímpar, C_{m+n,m}(0)=0 e, para n par,

C_{m+n,m}(0)=(-1)^{\frac{n}{2}}\frac{n!}{\left(\frac{n}{2}\right)!}\frac{\Gamma\left(\frac{2n+2m+1}{2}\right)}{\Gamma\left(\frac{n+2m+1}{2}\right)}

Do mesmo modo,

\left\lbrace\begin{array}{l}C_{m+n,m}(1)=(-1)^n2^n\frac{\Gamma\left(\frac{2n+2m+1}{2}\right)}{\Gamma\left(\frac{2m+1}{2}\right)}\\ C_{m+n,m}(-1)=2^n\frac{\Gamma\left(\frac{2n+2m+1}{2}\right)}{\Gamma\left(\frac{2m+1}{2}\right)}\end{array}\right.

Da relação de recorrência também segue o coeficiente G_{n,m} do termo de maior grau de C_{n,m}, já calculado anteriormente, isto é,

G_{m+n,m}=\frac{\left(2(m+n)-1\right)!}{(n+2m-1)!}

Os polinómios mónicos definidos por

U_{n,m}=(-1)^{n-m}\frac{(n+m-1)!}{(2n-1)!}C_{n,m}

com m>0 satisfazem as relações de recorrência

\left\lbrace\begin{array}{l}U_{m,m}=1\\ U_{m+1,m}=x\\ U_{n,m}=xU_{n-1,m}-\frac{(n-m-1)(n+m-2)}{4(n-1)(n-2)}U_{n-2,m}\end{array}\right.

No caso particular de m=0, define-se

U_n=(-1)^n\frac{2n!}{(2n)!}C_{n,0}

se n>0 e U_0=1 se n=0. A relação de recorrência para este caso assume a forma

\left\lbrace\begin{array}{l}U_0=1\\ U_1=x\\ U_2=xU_1-\frac{1}{2}U_0\\ U_n=xU_{n-1}-\frac{1}{4}U_{n-2}\end{array}\right.

Desta recorrência seguem-se facilmente dois resultados. Relativamente ao primeiro, observa-se que

\left\lbrace\begin{array}{l}xU_0=U_1\\ xU_1=U_2+\frac{1}{2}U_0\\ xU_n=U_{n+1}+\frac{1}{4}U_{n-1}\end{array}\right.

Esta identidade permite escrever sucessivamente

\begin{array}{l}x^0=U_0\\ x^1=U_1\\ x^2=xU_1=U_2+\frac{1}{2}U_0\\ x^3=xU_2+\frac{1}{2}xU_0=U_3+\frac{3}{4}U_1\\ x^4=U_4+\frac{4}{4}U_2+\frac{6}{16}U_0\\ x^5=U_5+\frac{5}{4}U_3+\frac{10}{16}U_1\\ \vdots\end{array}

O método da indução permite mostrar a identidade

x^n=\frac{1}{2^n}\sum_{k=0}^{\left\lfloor\frac{n}{2}\right\rfloor}{\binom{n}{k}2^{n-2k}U_{n-2k}}

Aqui, \lfloor x\rfloor representata o maior inteiro menor ou igual a x. Defina-se o polinómio

H_n(x)=\sum_{k=0}^{\left\lfloor\frac{n}{2}\right\rfloor}{\binom{n}{k}x^{n-2k}}

de modo que, substituindo x^i por U_i em H_n(2x) recupera-se a expansão de (2x)^n. Observe-se que os coeficientes binomiais dos polinómios satisfazem determinadas recursões. Por exemplo, para o caso par, em que n=2m, tem-se

\left\lbrace\begin{array}{l}a_0=\binom{2m}{m}\\ a_{r+2}=\frac{2m-r}{2m+2+r}\end{array}\right.

O caso ímpar é muito semelhante. Por um processo inverso ao da determinação de soluções de equações diferenciais como soma em série de potências, verifica-se que os polinómios satisfazem as equações diferenciais

\left\lbrace\begin{array}{ll}x\left(x^2+1\right)\frac{dH_n}{dx}+n\left(1-x^2\right)H_n=n\binom{n}{\frac{n}{2}}, & n\ \text{par}\\ x\left(x^2+1\right)\frac{d}{dx}\left(\frac{H_n}{x}\right)+\left(n+1-(n-1)x^2\right)\frac{H_n}{x}=(n+1)\binom{n}{\frac{n-1}{2}}, & n\ \text{impar}\end{array}\right.

Aplica-se a transformação y=x^2 e deriva-se em ordem a y para obter

\left\lbrace\begin{array}{l}y(y+1)\frac{d^2H_{2m}}{dy^2}+\left((2-m)y+m+1\right)\frac{dH_{2m}}{dy}-mH_{2m}=0\\ 2y(y+1)\frac{d^2}{dy^2}\left(\frac{H_{2m+1}}{\sqrt{y}}\right)+\left((2-m)y+m+2\right)\frac{d}{dy}\left(\frac{H_{2m+1}}{\sqrt{y}}\right)-m\frac{H_{2m+1}}{\sqrt{y}}=0\end{array}\right.

Os procedimentos atrás apresentados para determinar as soluções polinomiais das equações que conduzem aos polinómios ortogonais permitem obter, notando que estes devem ser mónicos, os polinómios H_n(x) na forma

\left\lbrace\begin{array}{l}H_{2m}(x)=\frac{1}{m!}\left\lbrack \frac{(\chi+1)^{2m}}{\chi^m}\frac{d^m}{dx^m}\left(\frac{\chi^{2m}}{(\chi+1)^m}\right)\right\rbrack_{\chi=x^2}\\ H_{2m+1}(x)=\frac{x}{m!}\left\lbrack\frac{(\chi+1)^{2m+1}}{\chi^{m+1}}\frac{d^m}{d\chi^m}\left(\frac{\chi^{2m+1}}{(\chi+1)^{m+1}}\right)\right\rbrack_{\chi=x^2}\end{array}\right.

de modo que, substituindo x^i por U_i em H_n(2x), se determina a expansão de (2x)^n nesses polinómios.

O outro resultado importante que pode ser obtido das relações de recorrência

\left\lbrace\begin{array}{l}U_0=1\\ U_1=x\\ U_2=xU_1-\frac{1}{2}U_0\\ U_n=xU_{n-1}-\frac{1}{4}U_{n-2}\end{array}\right.

é a forma para a função geradora. Se esta for escrita como

F=\sum_{n=0}^{\infty}{U_nt^n}

então não é um exercício muito difícil mostrar que, considerando as relações de recorrência, se tem

\left(\frac{1}{4}t^2-xt+1\right)F=1-\frac{t^2}{4}

de onde segue automaticamente a forma para a função geradora para os polinómios mónicos

F=\frac{4-t^2}{t^2-4xt+4}=\sum_{n=0}^{\infty}{U_nt^n}

Ora, não é difícil determinar que U_0(1)=1 e U_n(1)=2^{-(n-1)}. Se se definirem os polinómios T_0=U_0 e, para n>0,

T_n=2^{n-1}U_n

então, considerando a solução da equação diferencial em termos das funções trigonométricas e respectivas condições iniciais, tem-se

T_n\left(\cos\theta\right)=\cos n\theta

Se se substituir t por 2t na função geradora e compensando a diferença na definição de T_0, daí resulta

\frac{1-t^2}{t^2-2xt+1}=1+2\sum_{n=1}^\infty{T_nt^n}

Segue-se que

\frac{1-xt}{t^2-2xt+1}=\sum_{n=0}^\infty{T_nt^n}

Se se decompor a função racional do lado esquerdo em fracções parciais obtém-se

\frac{1-xt}{t^2-2xt+1}=\frac{1}{2}\left(\frac{1}{1-t_1t}+\frac{1}{t-t_2t}\right)

em que se fez, para abreviar,

\left\lbrace\begin{array}{l}t_1=x+i\sqrt{1-x^2}\\ t_2=x-i\sqrt{1-x^2}\end{array}\right.

A expansão das séries geométricas, por um lado, e a consideração da função geradora permite concluir

T_n=\frac{\left(x+i\sqrt{1-x^2}\right)^n+\left(x-i\sqrt{1-x^2}\right)^n}{2}

Com efeito, fazendo x=\cos\theta, obtém-se o conhecido resultado das séries trigonométricas, nomeadamente,

\cos n\theta=\frac{\left(\cos\theta +i\sin\theta\right)^n+\left(\cos\theta -i\sin\theta\right)^n}{2}

Da observação de que

1-x=\frac{1}{2}\left(\sqrt{-x-i\sqrt{1-x^2}}+\sqrt{-x+i\sqrt{1-x^2}}\right)^2

e como

\left(x+i\sqrt{1-x^2}\right)\left(x-i\sqrt{1-x^2}\right)=1

conduz ao resultado

(1-x)^n=\frac{1}{2^n}\binom{2n}{n}+\frac{1}{2^{n-1}}\sum_{k=1}^n{\binom{2n}{n-k}T_k}

Sabe-se que C_{n,m} é uma solução polinomial da equação diferencial

\left(1-x^2\right)\frac{d^2y}{dx^2}-(2m+1)x\frac{dy}{dx}+(n+m)(n-m)y=0

A transformação

y=\left(1-x^2\right)^{-\frac{2m-1}{2}}w

resulta na equação diferencial para w na forma

\left(1-x^2\right)\frac{d^2w}{dx^2}-\left(2(1-m)+1\right)x\frac{dw}{dx}+(n+1-m)(n-1+m)w=0

cuja solução é dada por C_{n,1-m} e obtém-se de qualquer uma das representações acima apresentada, fazendo 1-m no lugar de m. A solução geral da equação diferencial é, portanto, dada por

Y_{n,m}=AC_{n,m}+B\left(1-x^2\right)^{-\frac{2m-1}{2}}C_{n,1-m}

Em particular, com m=0, que constitui o caso das funções trigonométricas, a solução geral é

Y_{n,0}=AC_{n,0}+B\sqrt{1-x^2}C_{n,1}

Ora, quando n é ímpar, tem-se C_{n,m}(0)=0 e

C_{n,1}(0)=(-1)^{\frac{n-1}{2}}\frac{(2n-1)!}{2^{n-1}n!}

Se se definir

V_n=(-1)^{n}\frac{2^{n-1}}{(2n-1)!}C_{n,1}

então, V_n(0)=(-1)^{\frac{n-1}{2}} se n for ímpar. Além disso, o termo de maior grau do polinómio V_n é positivo. Conclui-se, portanto, que

\sin n\theta=\sin\theta V_n\left(\cos\theta\right)

Não é difícil determinar a relação de recorrência para V_n a partir da relação de recorrência de C_{n,1} como

\left\lbrace\begin{array}{l}V_0=0\\ V_1=1\\ V_n=2xV_{n-1}-V_{n-2}\end{array}\right.

de onde se obtém a função geradora

\frac{t}{t^2-2xt+1}=\sum_{n=1}^\infty{V_nt^n}

e, determinando a expansão em fracções parciais,

V_n=\frac{\left(x+i\sqrt{1-x^2}\right)-\left(x-i\sqrt{1-x^2}\right)^n}{2i\sqrt{1-x^2}}

Com recurso a esta última expressão e à que foi obtida para T_n pode-se mostrar a identidade com equivalente trigonométrico

T_{n+m}=T_nT_m-\left(1-x^2\right)V_nV_m

Da função geradora para T_n vem

\frac{t-x}{t^2+2xt+1}=\sum_{n=1}^\infty{T_nt^{n-1}}

A integração da expressão anterior em ordem a t, considerando o valor da função na origem permite escrever

\frac{1}{2}\log\left(t^2-2xt+1\right)=\sum_{n=1}^\infty{\frac{1}{n}T_nt^n}

Note-se que \log\left(t^2-2xt+1\right) resulta de \phi=\log\left((y-1)^2+z^2\right), fazendo as substituições

\left\lbrace\begin{array}{l}y=tx\\ z=t\sqrt{1-x^2}\end{array}\right.

e a teoria dos polinómios ortogonais poderá ser considerada a partir da aplicação do método da separação das variáveis à solução da equação \nabla^2\phi=0, considerando aquele sistema de coordenadas. Trata-se do caso particular da dimensão dois. O caso mais geral conduz a uma mais abrangente família de polinómios ortogonais.

Sobre Sérgio O. Marques

Licenciado em Física/Matemática Aplicada (Astronomia) pela Faculdade de Ciências da Universidade do Porto e Mestre em Matemática Aplicada pela mesma instituição. Actualmente, exerço a função de Administrador de bases-de-dados. Dentro o meu leque de interesses encontram-se todos os temas afins às disciplinas de Matemática, Física e Astronomia. Porém, como entusiasta, interesso-me por temas relacionados com electrónica, poesia, música e fotografia.
Esta entrada foi publicada em Sem categoria com as etiquetas , , . ligação permanente.

Deixe um comentário